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Álvaro Seiça é um escritor e investigador português que reside em Bergen. Entre 2018 e 2021, investigou a poética e a política da rasura no âmbito do projeto “The Art of Deleting”. Este projeto foi financiado pela União Europeia através de uma Ação Marie Skłodowska-Curie na Universidade de Bergen, Universidade da Califórnia, Los Angeles, e Universidade de Coimbra.
Um dos resultados deste projeto foi a conferência e festival “Erase!”, na qual participaram poetas, artistas e críticos que se debruçaram sobre as práticas de rasura em relação à literatura, artes visuais, política, tecnologia e estética: https://erase.artdel.net. A sua investigação resultou, também, na exposição “Obras Proibidas e Censuradas no Estado Novo”, patente na Biblioteca Nacional de Portugal (3 mai. – 16 set. 2022). A coleção “Biblioteca da
Censura” que agora se apresenta, publicada pelo Público e A Bela e o Monstro, abrange 25 volumes recuperados da biblioteca-arquivo dos Serviços de Censura da ditadura, que sairão em fac-símile entre 25 de Abril de 2022 e 25 de Abril de 2024, ao ritmo de um livro por mês, para comemorar os 50 anos da revolução. Seiça publicou os livros de poesia Supressão (2019), upoesia (2019), Previsão para 365 poemas (2018), Ensinando o espaço (2017), Ö (2014) e Permafrost (2012). Participou na Bienal Mediterranea17 em Itália, na Crowd Omnibus Lese Tour na Áustria, no Festival Cúirt na Irlanda, no Poesiefestival Berlim, e no Festival Vilenica na Eslovénia. Recentemente, publicou 365 vorhergesagte Gedichte, um livro traduzido e recriado em alemão em colaboração com o poeta suíço Mathias Traxler. O seu trabalho está disponível em https://alvaroseica.net