JOÃO AFONSO – “SANGUE BOM”

Três autores, dois escritores e um músico/cantor, sem pátria definida.
Uma pitanga de verde mar construída como uma narrativa de histórias e mistérios de Mia Couto e de José Eduardo Agualusa com a musicalidade de João Afonso.
São canções de amizade, fraternidade, de amor e contos sobre o paradigma perdido da infância. São afirmações com melodia de uma identidade lusófona, sem raça, com estradas de terra, cacimbo e lagartos ao sol numa grande casa branca. Um domínio de afetos humanos musicais entre Portugal, Moçambique e Angola.
É um trabalho de sonoridades híbridas, mas únicas, que ficaram no subconsciente coletivo de pessoas que se cruzaram num espaço nosso e que existe entre os três povos tal como entre os autores.
Há como a invenção de um novo território, onírico, traduzida nas diversas colaborações entre autores e músicos, com a riqueza dos arranjos de Vitor Milhanas a realçar esta sonoridade lusófona.
A voz de João Afonso, também ele fruto da história pois é um músico luso/moçambicano, numa combinação perfeita com dois amigos, dois escritores, poetas consagrados e de grande qualidade: José Eduardo Agualusa, de Angola, e Mia Couto, de Moçambique.