Arne Dahl
Suécia
Arne Dahl é o pseudónimo de Jan Arnald (nascido na Suécia, em 1963), que, além de escritor, é também editor e crítico literário . Este é o seu romance de estreia, que deu origem a uma série de histórias independentes protagonizadas pelo Grupo A. Reconhecido internacionalmente, Arne Dahl é considerado um dos melhores autores de thrillers da actualidade.
Donald Ray Pollock
EUA
Donald Ray Pollock nasceu em 1954, em Knockemstiff, Ohio. Trinta e dois anos da sua vida profissional, passou-os como operário de uma fábrica de papel, tendo voltado aos estudos na universidade estadual do Ohio. Estreou-se na escrita com o livro de contos Knockemstiff, que foi galardoado com o Prémio PEN/Robert W. Bingham. O seu romance Sempre o Diabo foi considerado um dos 10 melhores livros de 2011 pela Publishers Weekly e foi premiado em França com o Grande Prémio da Literatura Policial e com o Prémio Mistério da Crítica.
Francisco Bosco
Brasil
Francisco Bosco é ensaísta, doutor em teoria da literatura pela UFRJ, autor dos livros A vítima tem sempre razão?, Orfeu de bicicleta: um pai no século XXI, Alta ajuda, E livre seja este infortúnio, Banalogias, entre outros. Foi colunista do jornal O Globo, entre 2010 e 2015. Foi presidente da FUNARTE (Fundação Nacional das Artes) entre 2015 e 2016. Fundou e coordenou a rádio Batuta, do Instituto Moreira Salles, uma rádio digital especializada em música brasileira antiga.
É letrista de música popular. Atualmente participa do programa Papo de segunda, no canal de TV GNT.
Marina Perezagua
Espanha
Marina Perezagua é uma escritora espanhola, nascida em Sevilha em 1978. Tem sido elogiada por leitores e críticos pela sua escrita extremamente visual e desconcertante, que a tornou uma voz única na literatura espanhola contemporânea. Tendo publicado inicialmente os livros de contos Criaturas abisales (2011) e Leche(2013), foi o seu primeiro romance, Yoro, de 2015, que a converteu numa figura consensual entre a crítica. Os seus contos foram publicados em diversas revistas literárias, como Electric Literature, Granta (espanhola e britânica) ou Maaboret (em hebraico). É licenciada em História da Arte e doutorada em Filologia. Vive em Nova Iorque, onde ensina Espanhol na New York University e noutras instituições.
Valter Hugo Mãe
Portugal
Valter Hugo Mãe é um dos mais destacados autores portugueses da atualidade. A sua obra está traduzida em variadíssimas línguas, merecendo um prestigiado acolhimento em países como o Brasil, a Alemanha, a Espanha, a França ou a Croácia. Publicou sete romances: Homens imprudentemente poéticos; A desumanização; O filho de mil homens; a máquina de fazer espanhóis (Grande Prémio Portugal Telecom Melhor Livro do Ano e Prémio Portugal Telecom Melhor Romance do Ano); o apocalipse dos trabalhadores; o remorso de baltazar serapião (Prémio Literário José Saramago) e o nosso reino. Escreveu alguns livros para todas as idades, entre os quais: Contos de cães e maus lobos, O paraíso são os outros e As mais belas coisas do mundo. A sua poesia encontra-se reunida no volume publicação da mortalidade. Publica a crónica Autobiografia Imaginária no Jornal de Letras e coordena também a coleção de poesia elogio da sombra.
Ralf Rothmann
Alemanha
Ralf Rothmann nasceu em 1953 em Schleswig e cresceu na região do Ruhr. No que diz respeito ao seu estilo literário, Rothmann se vincula à tradição americana de contos. A autenticidade com que o autor recria os ambientes e a linguagem de rua faz com que seus textos resultem de uma humanidade incomparável. “A minha linguagem só ganha força quando falo por experiência própria”, diz ele. Rothmann ganhou inúmeros prémios, incluindo o Prémio de Literatura do Ruhr, o Prémio Hermann Lenz e o Prémio Hans Fallada.
Lídia Jorge
Portugal
Romancista e contista portuguesa. Nasceu em 1946, no Algarve. Viveu os anos mais conturbados da Guerra Colonial em África. Foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social. É professora do ensino secundário e publica regularmente artigos na imprensa. O tema da mulher e da sua solidão é uma preocupação central da obra de Lídia Jorge, como, por exemplo, em Notícia da Cidade Silvestre (1984) e A Costa dos Murmúrios (1988). O Dia dos Prodigíos (1979), outro romance de relevo, encerra uma grande capacidade inventiva, retratando o marasmo e a desadaptação de uma pequena aldeia algarvia. O Vento Assobiando nas Gruas (2002) é mais um romance da autora e aborda a relação entre uma mulher branca com um homem africano e o seu comportamento perante uma sociedade de contrastes. Este seu livro venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 2003.
Hélia Correia
Portugal
Escritora portuguesa contemporânea (1949), licenciou-se em Filologia Românica e é professora de Português do Ensino Secundário. Apesar do seu gosto pela poesia, é como ficcionista que é reconhecida como uma das revelações da novelística portuguesa da geração de 1980, embora os seus contos, novelas ou romances estejam sempre impregnados do discurso poético.
Estreou-se na poesia com O Separar das Águas, em 1981, e O Número dos Vivos, em 1982.
A novela Montedemo, encenada pelo grupo O Bando, dá à autora uma certa notoriedade. Aliás, Hélia Correia revelou, desde cedo, o gosto pelo teatro e pela Grécia clássica, o que a levou a representar em Édipo Rei e a escrever Perdição, levadas à cena, em 1993, pela Comuna. Escreveu também Florbela, em 1991, que viria a ser encenada pelo grupo Maizum.
Destacam-se ainda na sua produção os romances Casa Eterna e Soma e, na poesia, A Pequena Morte/Esse Eterno Conto.
Recebeu em 2002 o prémio PEN 2001, atribuído a obras de ficção, pela sua obra Lillias Fraser.
Venceu o prémio literário Correntes d’Escritas/Casino da Póvoa com o livro de poesia A Terceira Miséria.
Foi galardoada com o Prémio Camões, em 2015.
Geovani Martins
Brasil
Nasceu em Bangu, na Zona Oeste da cidade. Estudou apenas até a oitava série, trabalhando em seguida como homem-placa e atendente de lanchonete, entre outros. Morou nas favelas da Rocinha e Barreira do Vasco, antes de ir para o Vidigal. Participou das oficinas da Festa Literária das Periferias (Flup) em 2013 e 2015. Em 2015 apresentou na FLIP a revista Setor X, que publicava textos seus e de outros escritores de favelas do Rio. Foi convidado a voltar a Paraty em 2017, quando assinou contrato com a Companhia das Letras para lançar seu primeiro livro, O Sol na Cabeça. Antes mesmo da publicação, a coletânea de contos foi vendida para editoras de nove países, entre elas Farrar, Straus & Giroux (EUA), Faber & Faber (Reino Unido), Suhrkamp (Alemanha) e Mondadori (Itália). Os direitos de adaptação para o cinema também foram negociados, com o cineasta Karim Aïnouz à frente do projeto.
Christoffer Peterson
Dinamarca
Christoffer Petersen vive actualmente no sul da Dinamarca. O autor resceu com as histórias de Jack London e é apaixonado livros relacionados com o Ártico e trenós puxados por cães. Em 2006, ele e a sua esposa dinamarquesa mudaram-se para a Groenlândia e passaram sete anos a aprender tudo sobre a cultural do país que consideram uma dos mais excitantes do mundo. Ainda na Groenlândia, Chris começou a escrever histórias de crime e suspense com a Groenlândia e o Ártico como pano de fundo. Sete Campas, Um Inverno, o primeiro volume da série Crime da Groenlândia será editado este ano pela primeira vez, em Portugal, na Espanha e na República Checa.
Elena Varvello
Itália
Elena Varvello nasceu em Turim, em 1971. Publicou vários livros de poesia e os seus contos valeram-lhe os prémios Settembrini e Bagutta para primeira obra. Foi também selecionada para o prémio Strega. Publicou o seu primeiro romance em 2011.
Mathias Énard
França
Mathias Énard nasceu em 1972, estudou persa e árabe, e viveu largos períodos no Médio Oriente. É actualmente professor de árabe na Universidade de Barcelona. Publicou dois romances na Actes Sud: La perfection du tir (2003; Prémio dos cinco continentes da francofonia, 2004) e Remonter l’Orénoque (2005). Publicou também, na editora Verticales, Bréviaire des artificiers (2007). Aclamado pela crítica francesa, o romance Zona recebeu os prémios Le Livre Inter 2009 e Décembre 2008.
José Eduardo Agualusa
Portugal/Angola
José Eduardo Agualusa nasceu no Huambo, em Angola, a 13 de dezembro de 1960. Estudou Agronomia e Silvicultura em Lisboa. Publicou mais de uma dezena de romances e cinco recolhas de contos, um volume de poesia e cinco livros para crianças, um dos quais — A Rainha dos Estapafúrdios — foi galardoado com o prémio Manuel António Pina. Com os jornalistas Fernando Semedo e Elza Rocha, publicou uma grande reportagem sobre a comunidade africana em Lisboa, com o título Lisboa Africana (1993). Os seus livros estão traduzidos em 25 línguas e adaptados ao cinema. Escreveu quatro peças para teatro: Geração W, Chovem Amores na Rua do Matador, A Caixa Negra (estas duas em colaboração com Mia Couto) e Aquela Mulher. Em 2007, a tradução inglesa de O Vendedor de Passados foi distinguida com o Prémio Independent para melhor ficção estrangeira. Em 2017, venceu o International DUBLIN Literary Award.
Ricardo Araújo Pereira
Portugal
Ricardo Araújo Pereira (Lisboa, 1974) é licenciado em Comunicação Social pela Universidade Católica, e começou a sua carreira como jornalista no Jornal de Letras. É guionista desde 1998. Em 2003, com Miguel Góis, Zé Diogo Quintela e Tiago Dores, formou o Gato Fedorento. Escreve semanalmente na Visão (Portugal) e na Folha de S. Paulo (Brasil) e é um dos elementos do programa da TSF/TVI24 Governo Sombra. É autor e apresentador de Gente Que Não Sabe Estar (TVI). Publicou seis livros de crónicas — Boca do Inferno (2007), Novas Crónicas da Boca do Inferno (Grande Prémio de Crónica APE 2009), A Chama Imensa (2010), Novíssimas Crónicas da Boca do Inferno (2013), Reaccionário com Dois Cês (2017) e Estar Vivo Aleija (2018) —, além dos volumes de Mixórdia de Temáticas, que reúnem os guiões do programa radiofónico, e de um ensaio: A Doença, o Sofrimento e a Morte Entram num Bar(2016, também publicado no Brasil). No Brasil está ainda publicada a coletânea de crónicas Se não entenderes eu conto de novo, pá (Tinta-da-china, 2012).
Nuno Júdice
Portugal
Nuno Júdice nasceu na Mexilhoeira Grande, Algarve, em 1949. Formou-se em Filologia Românica e foi professor associado da Universidade Nova de Lisboa, onde se reformou em 2015. Entre 1997 e 2004 foi Conselheiro Cultural e Diretor do Instituto Camões em Paris. É autor de estudos sobre teoria da literatura e literatura portuguesa. Tem livros traduzidos em várias línguas, destacando-se Espanha, México, Itália e França, onde está publicado na coleção Poésie/ Gallimard. Dirigiu, de 1996 até 1999, a revista Tabacaria da Casa Fernando Pessoa. Em 2009 assumiu a direção da revista Colóquio-Letras da Fundação Calouste Gulbenkian. Recebeu importantes prémios de poesia em Portugal e no estrangeiro, dos quais se destacam, entre outros, o XXII Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana (Espanha), em 2013, o Prémio de Poesia Poetas del Mundo Latino Víctor Sandoval (México), em 2014, o Prémio Argana de Poesia (Marrocos), em 2015, e o Prémio internacional de Poesia Europa in Versi/ Prémio Carreira (Itália) e o Prémio El Ojo Crítico Iberoamericano de Radio Nacional de Espanha, em 2016. O Café de Lenine é a sua obra de ficção mais recente.
José Gil
Portugal
Filósofo e pensador português nascido em 1939, em Lourenço Marques, Moçambique. Em 1968 concluiu a licenciatura em Filosofia na Faculdade de Letras de Paris, na Universidade da Sorbonne. No ano seguinte fez o mestrado de Filosofia, com uma tese sobre a moral de Kant. Em 1982 concluiu o doutoramento com a tese Corpo, Espaço e Poder, editada em livro em 1988. Publicou diversos artigos e ensaios científicos em revistas e enciclopédias de todo o mundo, destacando-se nas suas preferências a reflexão sobre o corpo. Também elaborou alguns trabalhos sobre o poeta Fernando Pessoa.
Em 2004 publicou Portugal, Hoje. O Medo de Existir, a sua primeira obra escrita directamente em português, que rapidamente se tornou um sucesso de vendas. O livro fala do quotidiano de uma forma simples e acessível. Antes disso já tinha publicado diversas obras, sobre temas tão diversos como Salazar, Fernando Pessoa, a Córsega, o corpo ou O Principezinho, de Saint-Exupéry.
Em Janeiro de 2005 a conceituada revista francesa Le Nouvel Observateur integrou José Gil no grupo dos 25 grandes pensadores do mundo.
Dulce Maria Cardoso
Portugal
Dulce Maria Cardoso Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, escreveu argumentos para cinema, gastou tempo em inutilidades. Também escreveu contos. Tem fé, uma família, um punhado de amigos, o Blui e o Clude. Continua a escrever e a prezar inutilidades. Vive em Lisboa. Publicou em 2001 o seu romance de estreia, Campo de Sangue, Grande Prémio Acontece, escrito na sequência de uma bolsa de criação literária do Ministério da Cultura. Desde então publicou os romances Os Meus Sentimentos (2005), prémio da União Europeia para a Literatura, O Chão dos Pardais (2009), prémio Pen Club, e O Retorno (2011). É autora de duas antologias de contos: Até Nós (2008) e Tudo São Histórias de Amor (2014).
Os seus primeiros dois livros infantis, na coleção A Bíblia de Lôá, foram publicados em 2014.
Em 2012, foi condecorada com as insígnias de Cavaleira da Ordem das Artes e das Letras da França.
A sua obra está publicada em quinze países e é estudada em diversas universidades. Alguns dos seus contos e romances foram adaptados ou encontram-se em fase de adaptação para cinema e teatro.