José Saramago, Fotógrafo Ocasional

Curadoria: RUI JACINTO, DUARTE BELO
Apoio: Fundação Millennium bcp
Curadoria: Rui Jacinto, Duarte Belo 
Parceria: Centro de Estudos Ibéricos e Fundação José Saramago
6 A 16 DE OUTUBRO \\\ 10h00 – 20h00
CASA JOSÉ SARAMAGO – BIBLIOTECA MUNICIPAL

Volvidos quarenta anos desde o lançamento da Viagem a Portugal e no ano em que se celebra o Centenário do nascimento de José Saramago, o Centro de Estudos Ibéricos promove a exposição Fragmentos dum retrato de Portugal que revela uma faceta inexplorada do escritor: José Saramago, fotógrafo. A exposição mostra perto de três centenas e meia de imagens captadas durante a Viagem, que o autor selecionou, catalogou e legendou, onde revela interesses que apontam para quatro coordenadas fundamentais: paisagens, lugares, pessoas e atividades, monumentos e arte sacra.
Através destes apontamentos revisitamos um tempo e percorremos um país quase irreconhecível. Olhadas a esta distância, tais imagens apenas confirmam que “A felicidade, fique o leitor sabendo, tem muitos rostos. Viajar é, provavelmente, um deles. Entregue, as suas flores a quem saiba cuidar delas, e comece. Ou recomece. Nenhuma viagem é definitiva”.  Sem descurar um dos conselhos de José Saramago que “Todo o viajante tem direito de inventar as suas próprias geografias. Se o não fizer, considere-se mero aprendiz de viagens, ainda muito preso à letra da lição e ao ponteiro do professor” (José Saramago).

José Saramago 
Autor de mais de 40 títulos, José Saramago nasceu em 1922, na aldeia de Azinhaga.  As noites passadas na Biblioteca pública do Palácio das Galveias, em Lisboa, foram fundamentais para a sua formação. “E foi aí, sem ajudas nem conselhos, apenas guiado pela curiosidade e pela vontade de aprender, que o meu gosto pela leitura se desenvolveu e apurou.” Até 2010, ano da sua morte, a 18 de Junho, em Lanzarote, José Saramago construiu uma obra incontornável na literatura portuguesa e universal, com títulos que vão de Memorial do Convento a Caim, passando por O Ano da Morte de Ricardo Reis, Ensaio sobre a Cegueira ou A Viagem do Elefante, obras traduzidas em todo o mundo.
No ano de 2007 foi criada em Lisboa uma Fundação com o seu nome, que trabalha pela difusão da literatura, pela defesa dos direitos humanos e do meio ambiente. José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998.